“Arte no Pátio” quer estimular o conhecimento cultural dos alunos



Lançado pela Secretaria de Educação de Escada no dia 1º de março, data prevista para a Culminância do “Carnaval Pernambucano”, o projeto piloto “Frevo no Pátio” garantiu o sucesso da iniciativa dos professores Dimison Cesar, Tom e do artista escadense Dudoce.

O projeto consistiu em levar um pouco da história e do ritmo do frevo para o pátio da Escola Municipal Zenóbio Lins, no bairro da Vila Operária. A experiência – que faz parte de outro projeto “Arte no Pátio” – foi considerada muito boa, garantiu a Joelma Moreira, gestora da escola.

Detalhando as diferenças entre os tipos de frevos de rua, os músicos Dimison Cesar, Márcio Albuquerque, Clayton Henrique, Vinícius Albuquerque e Dudoce levaram a alegria de marchas e frevos para os novos foliões. Máscaras e adereços trouxeram um colorido especial para dentro da escola.

“Temos a certeza de que muitos dos nossos alunos não conhecem o frevo. A partir do momento em que se deparam com o ritmo e a dança, eles se empolgam. Isso pode significar um avanço na cultura dos nossos alunos”, destacaram Dimison Cesar e Dudoce.


NARRATIVA SOBRE A ORIGEM DO FREVO

A.1 - Quero dizer, que o convidado que estará conosco na manhã de hoje é pernambucano da gema, nasceu lá, em Recife, e não se sabe ao certo em que avenida, em que rua, ou em que beco ele nasceu, inclusive, nem ele mesmo sabe.

A.2 - Mas foi em um dos nossos bairros, mais precisamente no bairro de São José que ele se criou, no meio do povo, quando ele surgia, o recife até parecia ter mais gente, sempre era anunciado tal qual a majestade, por clarins.

MÚSICA - ANUNCIANDO OS CLARINS!

A.1 - Sua certidão de nascimento ninguém viu, não foi registrada em nenhum cartório do Recife, apareceu, simplesmente apareceu, só em 9 de fevereiro de 1907, o maior jornal da época, que era conhecido como “Jornal Pequeno”, fez referência a sua pessoa.

A.2 - O Menino era fogo, onde chegava fervia o ambiente, e, como naquela época as pessoas conheciam a expressão frevura, que na verdade era da fervura dos tachos de mel de nossos engenhos de açúcar e como ele era a própria efervescência, que quando vinha, vinha fervendo tudo, acabou ganhando um nome, ôh melhor, um apelido.

A.1 - Seu padrinho, o saudoso jornalista Osvaldo de Almeida, que foi quem primeiro escreveu o seu nome em 9 de fevereiro de 1907. Estava batizado mais um brasileiro, mais um pernambucano, mais um recifense, a que nós temos a honra de apresentar para vocês, o frevo!! 

MÚSICAS - OH! BELA - (Capiba) - PRAIA DO JANGA - (Lia de Itamaracá).

A.2 Outra curiosidade é que por volta de 1930, um grande músico, pesquisador e teatrólogo, chamado Valdemar de Oliveira, deu modalidades ao Frevo. Ao todo são três modalidades, o Frevo de Rua, o Frevo de Bloco e o Frevo Canção.

A.1 Iremos ouvir agora um exemplo de Frevo de Rua dos compositores Mathias da Rocha e Joana Batista, chamado, Vassourinhas.

MÚSICA - VASSOURINHAS

A.2 Iremos ouvir agora um exemplo de Frevo de Bloco chamado Último Regresso do compositor Getúlio Cavalcanti.

MÚSICA - ÚLTIMO REGRESSO

A.1 E para finalizar, iremos ouvir 2 exemplos de Frevo Canção. O primeiro, chamado: Elefante de Olinda dos compositores:  Clídio Nigro e Cloves Vieira.

A.2 O segundo, chamado: Quatro Cantos do compositor: J. Michiles
 
MÚSICAS - ELEFANTE DE OLINDA E QUATRO CANTOS.

"Texto original de autoria do Maestro Inaldo "SPOK" Cavalcante em apresentação no Teatro Municipal de São Paulo". Confira aqui.


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